A educação está morta viva. A universidade virou um zumbi.
A situação da Universidade Pública é triste e aterrorizante. As medidas implementadas pelo governo neste ano são a ponta do iceberg de problemas que temos enfrentado há anos. A presença de empresas nos cursos, a falta de pessoal, a exploração do trabalho de estudantes e a
ausencia de infra-estrutura estão matando a UFPE. com os cortes no orçamento da educação, vivemos uma situação ainda mais amedrontadora:
os salários dos terceirizados estão atrasados e as bolsas novas não estão sendo liberadas. Ou seja, o estudante-trabalhador e os trabalhadores com os menores salários da UFPE estão sofrendo as piores consequências da tesoura do governo.
Nos proximos anos, é provável que nao tenhamos mais professores de carreira, pois eles serão contratados por uma Organização social. Os técnicos serão todos terceirizados. Os estudantes serão
definitivamente a mão de obra administrativa que trabalha para fazer o próprio curso funcionar. Será a consolidação de uma educação estruturada nos moldes mais opressores de relações de trabalho e
ensino. Estamos à beira do apocalipse da educação, cada dia mais longe de ser humanizadora.
Trabalhamos e estudamos em uma instituição morta-viva. A universidade morreu. Mas anda e se parece com um ser humano vivo, mesmo esfacelado.
Ela ronda seu próprio túmulo, cavado pelas medidas neo-desenvolvimentistas do governo. O trabalho precarizado e o corte de verbas para beneficiar banqueiros vão enterrá-la de vez. Se nós trabalhadores não lutarmos, viveremos passivos neste cenário de horror.
Mas não nos renderemos. Só a nossa luta impedirá o apocalipse zumbi da educação. Nesta quarta-feira, percorreremos a universidade para, ao contrário do governo, decretar a morte da precarização do trabalho e
ensino. Vamos enterrar os cortes no orçamento e a exploração do trabalho para lutar pela vida da UFPE.
Pelo fim dos cortes na Educação.
Pelo fim do trabalho precarizado na UFPE.
Contra a privatização da Universidade.
É greve. É luta.
