Técnicos prometem intensificar greve e mobilizações

22/07/2015

Na assembleia da categoria de técnicos administrativos da
UFPE, realizada no auditório do Centro de

Ciências da Saúde, hoje pela manhã,
os presentes aprovaram deliberações que visão iniciar um novo momento na greve
que já passa dos dois meses. Contando com a adesão de muitos departamentos que há
muito tempo não acompanham o movimento, além dos campis no interior que
aderiram majoritariamente à greve, o Comando Local de Greve articulará a
instalação do “Barracão da Greve”, na próxima semana, na entrada do campus
Recife, além de programar atos de rua “fora das paredes da universidade”,
buscando dar visibilidade a paralisação dos TAE.

A atividade iniciou com a apresentação de uma entrevista com
Maria Lúcia Fatorelle, da Auditoria Cidadã da Dívida, tratando brevemente dos
fundamentos da dívida pública brasileira e os impactos no orçamento, complementados
com a exposição de Guilherme Fonseca, do Ilaese e Leandro Barbosa, da base
sindical do Sintufepe. O assunto abordado foi o impacto da dívida e dos cortes
do orçamento público, nos serviços públicos, entre eles a educação, uma das mais
atingidas neste segundo governo Dilma.

Depois se iniciaram os informes e avaliações do movimento,
junto com o balanço da realização da caravana e a nova rodada de negociações do
funcionalismo e o governo, onde nenhuma novidade concreta foi apresentada pelo
MPOG, que continua querendo parcelar o índice de 21,3% em quatro anos. Segundo
as avaliações na assembleia isso representaria na verdade uma redução salarial
e não o contrário, considerando a tendência de crescimento inflacionário para
os próximos anos. A cada intervenção que repudiava a proposta e incentivava a
continuidade da greve o plenário aplaudia calorosamente.

Visando a continuidade do movimento, porém agora de forma
mais intensiva, a ideia é colocar a greve dos técnicos administrativos das
federais em Pernambuco nas ruas de Recife. E o reflexo desta iniciativa local
deve se refletir também em Brasília com o envio de uma nova delegação da UFPE
para o Comando Nacional de Greve e a preparação de uma nova caravana no início
de agosto. Até lá, novas manifestações locais prometem radicalizar a greve da categoria.